quarta-feira, 25 de junho de 2008

NOVAS TECNOLOGIAS E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

José Manoel Moran
Marcos T. Masetto
Marilda Aparecida Beherens


Análise reflexiva do texto: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E O USO DA TECNOLOGIA

Marcos T. Masetto

Objetivo do texto: Análise do uso da tecnologia como mediação pedagógica pontuando as seguintes discussões:
→ Reflexão sobre o papel da escola. Esta deve “educar” seus alunos em todos os níveis, entendendo por educação transmitir um conjunto organizado e sistematizado de conhecimentos nas diversas áreas.
→ Professor é preparado para ensinar e aprender conteúdos (avaliação = prova para cobrar conteúdos ensinados). Valorização do domínio dos conteúdos em detrimento a outros. Não agregando valor algum à competência para a docência, conforme coloca o autor: “[...]e o que encontramos, então, são professores – desde a 5ª. Série do ensino fundamental, passando pelos três anos do ensino médio e lecionando nas faculdades – “miniespecialistas” ou “maxiespecialista” em conteúdos de suas matérias ou disciplinas, transmitindo-os da forma que melhor convém a cada um, mas em geral, como amadores quanto ao conhecimento e à prática dos aspectos fundamentais para se desenvolver um processo de aprendizagem”[...]( p. 137). Entende-se a partir desta citação a ausência de maiores análises críticas na formação de professores, em especial no que se refere ao uso das tecnologias.
→ Nunca houve uma valorização do uso adequado das tecnologias.
Os fatores acima trazem a tona a discussão do uso das tecnologias e a mediação pedagógica evidenciando dois fatos novos.
→ primeiro- Surgimento da informática e da telemática com as mais novas e recentes informações, pesquisas e produções científicas do mundo todo, em todas as áreas e com isso a oportunidade de desenvolver a auto-aprendizagem a distância, a partir dos microcomputadores nas bibliotecas, escritórios, residências, etc. Surgindo assim, novas formas de conhecimento ( relatórios, trabalhos monográficos, etc.) proporcionando integração de movimento. Neste contexto surgem os cursos a distância ( por meio da novas tecnologias como teleconferências e internet) e o professor especialista na mediação com pessoas a distância. O conhecimento é produzido e construído coletivamente. Alunos e professores trocam informações e trabalhos a distância com grande velocidade através da internet.
A distância em que me encontro de vocês, no momento em que está acontecendo nossa aula, é um exemplo, de como a educação a distância acontece e que esta pode sim, ser de qualidade, embora que ainda se fale o contrário, talvez por não se conhecer como estão desempenhando sua docência os alunos-professores, egressos dos cursos desenvolvidos a distância. Isto coincide com o segundo fato novo.
→ segundo – Suscita o mesmo tipo de debate que fica por conta da abertura que está havendo,de uns tempos para cá, no ensino superior, para a formação das competências pedagógicas dos professores para sua atuação profissional.
Esses fatos exigem reflexões e estudos em situações de aprendizagem com uso adequado das tecnologias que são colocados pelo autor em quatro tópicos:
- Tecnologia e processo de aprendizagem;
- Tecnologia e mediação pedagógica;
- Tecnologia, avaliação e mediação pedagógica;
- O professor como mediador pedagógico.
Um breve comentário sobre:
Tecnologia e processo de aprendizagem – Acerca do processo de aprendizagem e tecnologia o autor chama atenção para quatro elementos: o conceito mesmo de aprender, o papel do aluno, o papel do professor e o uso da tecnologia. Podemos pensar que a tecnologia no processo de aprendizagem apresenta-se como um meio, como instrumento para colaborar no desenvolvimento do processo.A tecnologia por si só não resolve os problemas com a aprendizagem de um modo geral na educação, mas poderá colaborar se for usada adequadamente. Neste item também são comentados pelo autor o conceito de aprendizagem levando-se em conta o desenvolvimento humano. Conferindo nas interações aluno-professor-aluno um pleno sentido de co-responsabilidade no processo.
Tecnologia e mediação pedagógica – O autor considera importante que se entenda por mediação pedagógica a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem colocando-se como uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem de forma ativa para discutir e debater um conteúdo, colaborando para que se aprenda a comunicar conhecimentos seja por meio de meios convencionais, seja por meio de novas tecnologias. Segundo o autor a mediação pedagógica coloca em evidência o papel de sujeito do aprendiz e o fortalece como ator de atividades que lhe permitirão aprender e conseguir atingir seus objetivos. É o que conhecemos como sujeito crítico e reflexivo diante do processo de aprendizagem.

domingo, 13 de abril de 2008

CÉU DE OUTUBRO– “ DESAFIOS NA BUSCA DE UM SONHO”


Céu de outubro é um filme que nos conta um pouco da trajetória da ciência com o lançamento do satélite russo Sputnik, as primeiras viagens ao redor do planeta e a interessante história de Homer Hickam da pequena cidade de Coalwood nos Estados Unidos da América que tinha na extração de carvão nas minas, sua principal base econômica.


Os problemas decorrentes com a exploração das minas de carvão em Coalwood já faziam parte da rotina das pessoas. O que realmente interessava era a exploração das minas para fornecimento do aço, necessidade econômica para o mundo que estava em crescente expansão depois de período pós-guerra. As nações competiam entre si visando tornar-se potência ou “prepotência”. Nasciam os sonhos na vida dos jovens que começavam a despertar para o conhecimento e as descobertas que a ciência colocava para o mundo.


A história que acontece na pequena cidade de Coalwood envolve um jovem Homer Hickam, sua família, sua escola, sua cidade e seus amigos. Homer após acompanhar o grande acontecimento do lançamento do foguete russo Sputnik, começa a sonhar e se interessar pelo assunto. Pensa maravilhado como isso era possível. Nasce o seu sonho: construir seu próprio foguete. Inicia então as experiências. No início era apenas um sonho de Homer, mas com o tempo passa a ser o sonho de um grupo de jovens, que depois de várias tentativas frustradas e com cenas cômicas envolvendo as tentativas, vira atração para os colegas e para toda a cidade o lançamento com sucesso do foguete.


Apesar de muito esforço, Homer não consegue convencer seu pai da importância que tem para ele o sonho de construir seu próprio foguete. Homer sofre com a indiferença do pai que não valoriza seu sonho e só dá apoio ao irmão que quer ser jogador de futebol. O pai de Homer vive às voltas com os problemas da mina e diz que o futuro de Homer está na mina de carvão que julga ser um bom trabalho dizendo que o sonho de lançar o foguete é idiotice. O pai não acredita no potencial e nem no sonho do filho. Homer mesmo passando por um período de trabalho na mina de carvão, após o acidente do pai, não desiste de seu sonho. Vai em busca de conhecimentos, pede ajuda para um colega de classe, pesquisa e passa a entender a matemática, disciplina que não era a sua favorita. Apesar de tudo, Homer começa a sonhar com a possibilidade de vencer uma feira de ciências que era de muito destaque para os estudantes, pois premiava com bolsas de estudos nas melhores universidades. Homer e seus colegas são escolhidos para a feira estadual, mas só Homer vai, por decisão dos colegas. Na feira Homer tem seu foguete roubado, mas com a ajuda de todos consegue que lhe mandem um novo foguete, para isto toda a comunidade se mobiliza e em tempo recorde ele recebe o foguete para apresentar na feira da qual ele e seus colegas saem vencedores. É uma bela história. Uma lição de vida. Cabe a nós aprendermos com Homer a nunca desistirmos dos nossos sonhos por mais difíceis que sejam. Sabemos que muitos jovens acabam desistindo dos seus sonhos por influência dos pais ou por situação financeira.


Com a história de Homer aprendemos que quando não medimos esforços e não desistimos no primeiro obstáculo, a realização do sonho é só uma questão de tempo. Ao fazermos o que gostamos temos uma agradável sensação de bem estar, alegria saúde e conseqüentemente acabará trazendo o dinheiro, tão necessário para a nossa sobrevivência nos dias de hoje. Cabe também, a nós professores, incentivarmos, acreditarmos, mostrar os caminhos possíveis e às vezes quase impossíveis aos alunos, mediando e encontrando soluções. Se a escola e o professor não acreditarem na sua própria função social, não justifica sua existência para a sociedade.

E aqui cabe lembrar que, uma das funções sociais da escola é o de proporcionar condições para que o indivíduo, através do conhecimento adquirido, melhore e transforme a sua vida e conseqüentemente a de sua comunidade.

Hoje, esse filme, possibilita-nos novas reflexões, especialmente sobre o desenvolvimento tecnológico no mundo, que gerou e gera profundas transformações sociais, afetando as nossas vidas.

Essas transformações sociais geram fenômenos sociais e provocam na humanidade sentimentos de angústias, temores e impotência diante dos novos paradigmas presentes no contexto social.


Os últimos dois séculos foram os que mais apresentaram velocidades nas invenções. Especialmente o XX, foi marcado por várias invenções na área das comunicações e da informática. Estas encurtaram as distâncias no mundo, porém mudaram em muito as relações entre as pessoas e a forma de pensar, tanto na vida familiar como na escola e também nas relações profissionais. As transformações ocorridas vêm transformando e influenciando também as intenções educacionais, causando nos educadores e suas práticas as mesmas incertezas, angústias e temores, pois a escola é um espaço que recebe os indivíduos e suas singularidades, tendo que conduzir as relações que ali se estabelecem, sabendo-se que estas podem ou não, serem bem sucedidas na vida escolar do aluno e na vida como um todo.

ISOLÂNIA WIPPEL
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA
ANÁLISE DO FILME: CÉU DE OUTUBRO- APRESENTADO NA DISCIPLINA