terça-feira, 2 de novembro de 2010

Novas Tecnologias e suas implicações éticas no âmbito escolar

1. PROBLEMA
Como as novas tecnologias influenciam nos aspectos de uma moralidade profissional e como estas podem constituir-se em posturas éticas no desenvolvimento do trabalho escolar?

2. OJETIVO GERAL
Identificar os mecanismos disponíveis no uso das novas tecnologias, no âmbito educacional, que definem o caráter ético ao utilizá-las.


2.1- Objetivo Específico:
- Refletir sobre os impactos causados pelas novas tecnologias no trabalho do professor e em todos os aspectos do trabalho escolar;
- Conhecer as regras para usar e alimentar a rede de informação;
- Pesquisar os valores, os símbolos e as representações que organizam o espaço público.
- Conhecer a legislação das mídias sobre a censura dos programas, conteúdos e sítios.
- Conhecer e utilizar os programas educacionais disponibilizados pelo MEC através do Programa Proinfo;


3. JUSTIFICATIVA


O desenvolvimento tecnológico, em especial da informação (internet) e o desenvolvimento científico (clonagem, eugenia, trangenia) faz com que atualmente, constantes discussões e debates éticos permeiem todos os campos da atividade humana. Vive-se num momento, em que é evidente uma crise de valores, haja vista, as recorrentes denúncias de corrupção entre os políticos, de profissionais e o aumento da violência na sociedade civil.
Assim, para viver na sociedade de forma perfeitamente integrada, é necessária certa competência para aprender operar e ensinar as regras que mantêm essa mesma sociedade. Cabe, portanto, às escolas e às universidades, desenvolverem nos alunos estas competências. Neste sentido, percebe-se com bastante ênfase, de modo geral, nos discursos pedagógicos contemporâneos a preocupação com a qualidade educacional, o comprometimento com uma formação de cidadãos dentro dos valores éticos relevantes para os conflitos atuais.
Considerando que a Ética é um ramo da Filosofia, a conduta humana, ou a reflexão do agir humano, apresenta-se como objeto desta para promover o bem-viver, e sua importância deve-se fazer sentir em todos os segmentos da sociedade.
As teorias éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes épocas e em diferentes sociedades, como respostas aos problemas vividos, os quais derivam das relações entre os homens, pelo comportamento de cada indivíduo de determinado grupo e buscam discutir as ações que orientam, de certa forma a conduta humana.
Não se pretende, com este projeto, fazer um estudo da Ética enquanto ciência, mas compreender de que forma ela se apresenta no trabalho de modo específico. Também, apresentar como a Ética profissional mostra-se como requisito fundamental no exercício de uma profissão nos dias atuais.
A partir do campo e da definição de ética, as discussões e reflexões, neste estudo se darão em torno de outros dois conceitos: trabalho e profissão, os quais apresentam profundas implicações éticas na sociedade atual, em especial pela informatização que envolve o mundo do trabalho.
É a Filosofia, que busca refletir sobre todos os aspectos da condição humana. O capitalismo, sistema econômico que vigora atualmente, coloca alguns aspectos como trabalho e profissão em constantes debates éticos, também os valorizam demasiadamente e desvaloriza a própria vida humana ao desvincular o trabalho do homem, ou seja, o que é segundo Marx, a alienação, em que o homem não se reconhece naquilo que faz.
Partindo desta ideia entre homem, trabalho e ética profissional, neste estudo e reflexão, é mister elencar os conceitos que norteiam a Ética, sua definição e seu campo. Vázquez, (p.23, 2002), define que: “a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.” Sendo que no seu campo de abrangência estão as preocupações com os problemas relacionados com o comportamento do ser humano. (Lisboa, p.35, 1997).
Os princípios éticos para serem ensinados aos estudantes dependem de alguns fatores, como por exemplo, que os princípios se expressem em situações reais de convivência para que haja um desenvolvimento da capacidade e autonomia analisando e elegendo os valores para si de maneira livre e consciente.
Aprender valores éticos é aprender a exercer cidadania, é entre outras coisas aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade e justiça. Acima de tudo usar o diálogo nas mais diversas situações, em especial na vida coletiva comprometendo-se a vivenciar esses valores que precisam ser ensinados na escola.
Em outro sentido a ética pode ser entendida, ou referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício profissional. Ainda refletindo sobre ética cumpre citar que comumente ética e moral são entendidas como sinônimos. Isso pode ser explicado através das origens destas palavras. A ética tem origem grega na palavra ethos, e a palavra moral é de origem latina mores, ambas representam, em suas respectivas origens hábitos e costumes. Portanto, é profícuo ressaltar a importância do contexto, pois as palavras ganham, assumem diferentes significados dentro do contexto e dos agentes envolvidos.
Em qualquer sociedade, o comportamento das pessoas como resultado dos valores que cada um acredita, sofre alterações significativas ao longo da história. A explicação a partir de uma investigação do comportamento da pessoa de um determinado contexto é função da ética, que tem como objetivo entender o passado para servir de parâmetro e incutir padrões aceitos pela maioria, visando diminuir os conflitos existentes dentro de um determinado grupo.
A globalização é um fenômeno que não se discute mais se ela é boa ou ruim, agora estuda-se os efeitos provocados por ela na sociedade. O desenvolvimento tecnológico, principalmente após a revolução industrial, colocou o mundo do trabalho em evidencia na sociedade. O conceito em torno da profissão tomou proporções significativas. Segundo Sá, a profissão representa “trabalho que se pratica com habitualidade a serviço de terceiros.” ( 2001).
Com o objetivo de enriquecer esta reflexão expõe-se aqui uma diferenciação entre trabalho e profissão apresentado por Ferreira. Segunda ela:

“ [...]trabalho faz-se; a profissão vive-se [...]. Longe vão os tempos em que, chegada a idade adulta, com ou sem formação, homens e mulheres partiam em busca de um trabalho, conceito bem diferente da actual ideia de felicidade, a qual pressupõe, entre outros requisitos, a necessidade de encontrar uma profissão. Se o primeiro reflecte a produtividade na vertente do esforço, da obrigação, do mal necessário à subsistência enquanto ser vivo e à integração plena na sociedade [...] (p.54, 2006).


r Na atualidade percebe-se que é pela profissão que o indivíduo se destaca e se realiza plenamente, pois é no exercício da profissão que o indivíduo demonstra todas as suas habilidades e competências sendo capaz de enfrentar e vencer com personalidade os obstáculos.
A valorização dos profissionais é percebida e reconhecida socialmente, quase em todas as áreas, e não é diferente com o Profissional em Educação. A formação de um profissional deve possibilitar-lhe o conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais. A boa formação é condição essencial para a prestação de um bom serviço. Um desempenho profissional fundamentado em uma instrução consciente é condição ética de quem a oferece para que os profissionais possam desenvolver com eficiência os serviços prestados a uma empresa. Sá (2001) apresenta neste sentido, o seguinte pensamento:
Todas as profissões, igualmente, requerem o conhecimento de seu passado, da atualidade e o atrever-se em pensar sobre o futuro, vivendo-a, pois, em todos os tempos. Imprescindível, também, é o comparar as diversas culturas, das diversas correntes de pensamento, buscando, pelo julgamento próprio e pelo diálogo com os mais experientes e bem dotados, o que de melhor existe. ( p.193).


Um bom profissional além das competências deve apresentar, acima de tudo, uma postura ética, de recusar uma tarefa ou serviço, que sentir-se incapaz de realizar diante dos limites e capacidades que possui.
A utilização dos recursos e instrumentos tecnológicos (computador, internet, etc.) no exercício profissional é outro fator importante que requer e necessita de normas e condutas. Além de manterem-se atualizados neste aspecto para a sobrevivência e permanência nos empregos, os profissionais devem apresentar uma conduta ética adequada diante das novas tecnologias.
Wolton, em sua obra Internet, e Depois? apresenta um estudo crítico sobre as novas tecnologias na atualidade. Para ele “um grande bazar se instala, livre de qualquer regulamentação. Todo mundo alimentar a rede com informação, e ninguém controla.” (p.109, 2007). Percebe-se que a conduta humana sofre alterações significativas diante do contexto atual, sendo necessário que a ética, enquanto ciência ou teoria do comportamento moral dos homens em sociedade busque para os problemas advindos dessa nova condição social, novos padrões para diminuir os conflitos existentes na atualidade. Sendo necessário, também, que as universidades revejam seus currículos para que os valores éticos, diante da sociedade da informação sejam contemplados nos mesmos.
Finalizando as reflexões sobre ética neste trabalho acredita-se que não há uma ética que derive espontaneamente do trabalho, não é da lógica do trabalho que se pode implicar uma ética capaz de fornecer sentido à existência. Isso nos remete ao seguinte pensamento de Antunes: “Uma vida desprovida de sentido no trabalho é incompatível com uma vida cheia de sentido fora trabalho.” ( p.175, 2006).


4- METODOLOGIA –



CONSIDERAÇÕES FINAIS


A ideia de que a ética deve ter suas raízes no fato da moral e que esta se manifesta na conduta humana, mostrando-se como um sistema de regulamentação das relações entre os indivíduos e destes com a comunidade, assim como as relações entre ética e trabalho, serviram de orientação para a elaboração deste pré-projeto.
Também, com o pensamento em Marx de que o homem é um ser produtor, transformador e criador mediante seu trabalho, sendo capaz de transformar a natureza e ser por ela transformado, temos ainda, na doutrina ética do marxismo uma crítica das morais do passado, ao mesmo tempo que sentimos a necessidade de novas bases teóricas e práticas de uma nova moral, haja vista, o desenvolvimento científico e tecnológico dos últimos 20 anos em específico.
Com referência às novas tecnologias compete às universidades, para que no processo de formação profissional, os valores éticos fundamentais no exercício da profissão seja uma competência, juntamente com outras habilidades oferecidas aos profissionais, para que estes possam estar bem preparados para atuarem com profissionalismo ético, e serem cidadãos comprometidos com a sociedade do seu tempo.




REFERÊNCIAS

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e negação do trabalho. Boitempo Editorial, 2006- São Paulo.


Ferreira, Eva, Ana. Trabalho ou Profissão? http://www.afisioterapia.com/artigos/pdf/AF1_2_54-56.pdf .

LISBOA, Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras; direção geral Eliseu Martins; 2. ed.- São Paulo: Atlas, 1997.

SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2001.

SÁNCHEZ Vázquez, Adolfo. Ética. 23ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.


SECRETARIA de Educação Básica, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.

WOLTON, Dominique. Internet, e depois? Uma teoria crítica das novas mídias. Trad. Isabel Crossetti. Porto Alegre: Sulina. 2007.

O computador vai substituir o professor?

A partir da leitura de todos os textos, até aqui realizadas, percebe-se claramente que todo sistema educacional necessita de mudança, assim como o professor precisa reinventar sua profissão. Ramal, destaca que a internet traz consigo um novo modelo de educação, que foi tão sonhado por tantos pensadores, mas que agora estamos encontrando dificuldades para concretizar esse sonho, pois o professor, de modo geral, ainda não sabe bem como proceder, ou como usar as novas tecnologias que podem derrubar os muros da escola e fazer conexões com o mundo, criar no espaço da rede um trabalho cooperativo, onde alunos e professores passam juntos proporem tarefas prazerosas, em que a aprendizagem ocorra a partir dessa cooperação. Porém, para que isso ocorra é necessário que o professor deixe de lado a figura de transmissor de conteúdos e os alunos sintam-se colaboradores dessa troca para que juntos possamos construir uma nova forma de educar, onde todos aprendam com todos. Assim, Ramal sugere que o trabalho do professor, neste novo contexto, seja pautado em três eixos apontados pelos PCNs. São eles:
 Nos conteúdos conceituais, como arquiteto cognitivo, traçando estratégias e métodos mais adequados para a aprendizagem;
 Nos conteúdos procedimentais, como dinamizador de grupos, ajudar os estudantes a descobrirem as formas pelas quais se chega ao saber, em especial num trabalho interdisciplinar e estabelecendo parcerias;
 Nos conteúdos atitudinais, como educador, comprometendo-se com o desafio de estimular a consciência crítica diante das novas tecnologias que estão disponíveis neste novo contexto, para que as mesmas estejam a serviço na construção de uma nova humanidade, também, onde haja justiça social e respeito à dignidade humana.
Percebe-se assim, que o grande desafio nesta época de tantas e complexas interações, é saber desenvolver um trabalho em forma de cooperação. Para isto, será necessário que professor e aluno estabeleçam uma relação de confiança mútua, em que ambos são aprendentes. Se o professor perceber e aceitar esse desafio, com certeza verá o computador como um grande aliado de seu trabalho e não como uma ameaça a sua profissão.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PARA REFLETIR...

Ética no trabalho

1. Seja honesto em qualquer situação.
2. Nunca faça algo que você não possa assumir em público.
3. Seja humilde, tolerante e flexível. Muitas ideias aparentemente absurdas podem ser a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvindo as pessoas e avaliando a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições.
4. Ser ético significa, muitas vezes, perder dinheiro, status e benefícios.
5. Dê crédito a quem merece. Nem sonhe em aceitar elogios pelo trabalho de outra pessoa. Cedo ou tarde, será reconhecido o autor da ideia e você ficará com fama de mau-caráter.
6. Pontualidade vale ouro. Se você sempre se atrasar, será considerado indigno de confiança e pode perder boas oportunidades de negócio.
7. Evite criticar os colegas de trabalho ou culpar um subordinado pelas costas. Se tiver de corrigir ou repreender alguém, faça-o em particular, cara a cara.
8. Respeite a privacidade do vizinho. É proibido mexer na mesa, nos pertences e documentos de trabalho dos colegas e do chefe. Também devolva tudo o que pedir emprestado rapidamente e agradeça a gentileza com um bilhete.
9. Ofereça apoio aos colegas. Se souber que alguém está passando por dificuldades, espere que ele mencione o assunto e ouça-o com atenção.
10. Faça o que disse e prometeu. Quebrar promessas é imperdoável.
11. Aja de acordo com seus princípios e assuma suas decisões, mesmo que isso implique ficar contra a maioria.
12. O que fazer com os brindes e presentes? Muitas empresas têm normas próprias e estipulam um limite de valor para os brindes. Informe-se discretamente sobre isso e aja conforme a regra.
13. A relação de trabalho é mediada pela hierarquia. O subordinado amigo deve ao chefe a mesma deferência que os demais – e o chefe amigo precisa ser extremamente cuidadoso para não beneficiar o subordinado que lhe é próximo.
14. Caso trabalhe com alguém de quem não gosta, troque cumprimentos, mantenha distância e não comente a antipatia que sente. Isso minimiza os atritos e evita que os outros reparem a incompatibilidade e façam fofocas.
15. Afaste-se das fofocas e maledicências. Só o fato de prestar atenção nelas pode lhe dar a fama de fofoqueiro. E aquele que lhe conta a última, pode levar, também, um comentário péssimo sobre você.
16. Reconheça os erros, mas não exagere no arrependimento nem na culpa. A fala correta é: “não foi um erro intencional, isso não vai ocorrer de novo e vou remediar o acontecido”.

http://www.efetividade.net/2008/01/08/etica-no-trabalho-indo-alem-dos-codigos-de-etica/

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CURSANDO INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO DIGITAL

Olá! Boa tarde!

Sou Isolânia Wippel, trabalho na EEBVM e estou fazendo o curso de Introdução a Inclusão Digital. Neste curso estamos conhecendo o sistema operacional linux educacional. Este curso é oferecido pelo MEC para capacitar os professores neste sistema.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

NOVAS TECNOLOGIAS E MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

José Manoel Moran
Marcos T. Masetto
Marilda Aparecida Beherens


Análise reflexiva do texto: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E O USO DA TECNOLOGIA

Marcos T. Masetto

Objetivo do texto: Análise do uso da tecnologia como mediação pedagógica pontuando as seguintes discussões:
→ Reflexão sobre o papel da escola. Esta deve “educar” seus alunos em todos os níveis, entendendo por educação transmitir um conjunto organizado e sistematizado de conhecimentos nas diversas áreas.
→ Professor é preparado para ensinar e aprender conteúdos (avaliação = prova para cobrar conteúdos ensinados). Valorização do domínio dos conteúdos em detrimento a outros. Não agregando valor algum à competência para a docência, conforme coloca o autor: “[...]e o que encontramos, então, são professores – desde a 5ª. Série do ensino fundamental, passando pelos três anos do ensino médio e lecionando nas faculdades – “miniespecialistas” ou “maxiespecialista” em conteúdos de suas matérias ou disciplinas, transmitindo-os da forma que melhor convém a cada um, mas em geral, como amadores quanto ao conhecimento e à prática dos aspectos fundamentais para se desenvolver um processo de aprendizagem”[...]( p. 137). Entende-se a partir desta citação a ausência de maiores análises críticas na formação de professores, em especial no que se refere ao uso das tecnologias.
→ Nunca houve uma valorização do uso adequado das tecnologias.
Os fatores acima trazem a tona a discussão do uso das tecnologias e a mediação pedagógica evidenciando dois fatos novos.
→ primeiro- Surgimento da informática e da telemática com as mais novas e recentes informações, pesquisas e produções científicas do mundo todo, em todas as áreas e com isso a oportunidade de desenvolver a auto-aprendizagem a distância, a partir dos microcomputadores nas bibliotecas, escritórios, residências, etc. Surgindo assim, novas formas de conhecimento ( relatórios, trabalhos monográficos, etc.) proporcionando integração de movimento. Neste contexto surgem os cursos a distância ( por meio da novas tecnologias como teleconferências e internet) e o professor especialista na mediação com pessoas a distância. O conhecimento é produzido e construído coletivamente. Alunos e professores trocam informações e trabalhos a distância com grande velocidade através da internet.
A distância em que me encontro de vocês, no momento em que está acontecendo nossa aula, é um exemplo, de como a educação a distância acontece e que esta pode sim, ser de qualidade, embora que ainda se fale o contrário, talvez por não se conhecer como estão desempenhando sua docência os alunos-professores, egressos dos cursos desenvolvidos a distância. Isto coincide com o segundo fato novo.
→ segundo – Suscita o mesmo tipo de debate que fica por conta da abertura que está havendo,de uns tempos para cá, no ensino superior, para a formação das competências pedagógicas dos professores para sua atuação profissional.
Esses fatos exigem reflexões e estudos em situações de aprendizagem com uso adequado das tecnologias que são colocados pelo autor em quatro tópicos:
- Tecnologia e processo de aprendizagem;
- Tecnologia e mediação pedagógica;
- Tecnologia, avaliação e mediação pedagógica;
- O professor como mediador pedagógico.
Um breve comentário sobre:
Tecnologia e processo de aprendizagem – Acerca do processo de aprendizagem e tecnologia o autor chama atenção para quatro elementos: o conceito mesmo de aprender, o papel do aluno, o papel do professor e o uso da tecnologia. Podemos pensar que a tecnologia no processo de aprendizagem apresenta-se como um meio, como instrumento para colaborar no desenvolvimento do processo.A tecnologia por si só não resolve os problemas com a aprendizagem de um modo geral na educação, mas poderá colaborar se for usada adequadamente. Neste item também são comentados pelo autor o conceito de aprendizagem levando-se em conta o desenvolvimento humano. Conferindo nas interações aluno-professor-aluno um pleno sentido de co-responsabilidade no processo.
Tecnologia e mediação pedagógica – O autor considera importante que se entenda por mediação pedagógica a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem colocando-se como uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem de forma ativa para discutir e debater um conteúdo, colaborando para que se aprenda a comunicar conhecimentos seja por meio de meios convencionais, seja por meio de novas tecnologias. Segundo o autor a mediação pedagógica coloca em evidência o papel de sujeito do aprendiz e o fortalece como ator de atividades que lhe permitirão aprender e conseguir atingir seus objetivos. É o que conhecemos como sujeito crítico e reflexivo diante do processo de aprendizagem.

domingo, 13 de abril de 2008

CÉU DE OUTUBRO– “ DESAFIOS NA BUSCA DE UM SONHO”


Céu de outubro é um filme que nos conta um pouco da trajetória da ciência com o lançamento do satélite russo Sputnik, as primeiras viagens ao redor do planeta e a interessante história de Homer Hickam da pequena cidade de Coalwood nos Estados Unidos da América que tinha na extração de carvão nas minas, sua principal base econômica.


Os problemas decorrentes com a exploração das minas de carvão em Coalwood já faziam parte da rotina das pessoas. O que realmente interessava era a exploração das minas para fornecimento do aço, necessidade econômica para o mundo que estava em crescente expansão depois de período pós-guerra. As nações competiam entre si visando tornar-se potência ou “prepotência”. Nasciam os sonhos na vida dos jovens que começavam a despertar para o conhecimento e as descobertas que a ciência colocava para o mundo.


A história que acontece na pequena cidade de Coalwood envolve um jovem Homer Hickam, sua família, sua escola, sua cidade e seus amigos. Homer após acompanhar o grande acontecimento do lançamento do foguete russo Sputnik, começa a sonhar e se interessar pelo assunto. Pensa maravilhado como isso era possível. Nasce o seu sonho: construir seu próprio foguete. Inicia então as experiências. No início era apenas um sonho de Homer, mas com o tempo passa a ser o sonho de um grupo de jovens, que depois de várias tentativas frustradas e com cenas cômicas envolvendo as tentativas, vira atração para os colegas e para toda a cidade o lançamento com sucesso do foguete.


Apesar de muito esforço, Homer não consegue convencer seu pai da importância que tem para ele o sonho de construir seu próprio foguete. Homer sofre com a indiferença do pai que não valoriza seu sonho e só dá apoio ao irmão que quer ser jogador de futebol. O pai de Homer vive às voltas com os problemas da mina e diz que o futuro de Homer está na mina de carvão que julga ser um bom trabalho dizendo que o sonho de lançar o foguete é idiotice. O pai não acredita no potencial e nem no sonho do filho. Homer mesmo passando por um período de trabalho na mina de carvão, após o acidente do pai, não desiste de seu sonho. Vai em busca de conhecimentos, pede ajuda para um colega de classe, pesquisa e passa a entender a matemática, disciplina que não era a sua favorita. Apesar de tudo, Homer começa a sonhar com a possibilidade de vencer uma feira de ciências que era de muito destaque para os estudantes, pois premiava com bolsas de estudos nas melhores universidades. Homer e seus colegas são escolhidos para a feira estadual, mas só Homer vai, por decisão dos colegas. Na feira Homer tem seu foguete roubado, mas com a ajuda de todos consegue que lhe mandem um novo foguete, para isto toda a comunidade se mobiliza e em tempo recorde ele recebe o foguete para apresentar na feira da qual ele e seus colegas saem vencedores. É uma bela história. Uma lição de vida. Cabe a nós aprendermos com Homer a nunca desistirmos dos nossos sonhos por mais difíceis que sejam. Sabemos que muitos jovens acabam desistindo dos seus sonhos por influência dos pais ou por situação financeira.


Com a história de Homer aprendemos que quando não medimos esforços e não desistimos no primeiro obstáculo, a realização do sonho é só uma questão de tempo. Ao fazermos o que gostamos temos uma agradável sensação de bem estar, alegria saúde e conseqüentemente acabará trazendo o dinheiro, tão necessário para a nossa sobrevivência nos dias de hoje. Cabe também, a nós professores, incentivarmos, acreditarmos, mostrar os caminhos possíveis e às vezes quase impossíveis aos alunos, mediando e encontrando soluções. Se a escola e o professor não acreditarem na sua própria função social, não justifica sua existência para a sociedade.

E aqui cabe lembrar que, uma das funções sociais da escola é o de proporcionar condições para que o indivíduo, através do conhecimento adquirido, melhore e transforme a sua vida e conseqüentemente a de sua comunidade.

Hoje, esse filme, possibilita-nos novas reflexões, especialmente sobre o desenvolvimento tecnológico no mundo, que gerou e gera profundas transformações sociais, afetando as nossas vidas.

Essas transformações sociais geram fenômenos sociais e provocam na humanidade sentimentos de angústias, temores e impotência diante dos novos paradigmas presentes no contexto social.


Os últimos dois séculos foram os que mais apresentaram velocidades nas invenções. Especialmente o XX, foi marcado por várias invenções na área das comunicações e da informática. Estas encurtaram as distâncias no mundo, porém mudaram em muito as relações entre as pessoas e a forma de pensar, tanto na vida familiar como na escola e também nas relações profissionais. As transformações ocorridas vêm transformando e influenciando também as intenções educacionais, causando nos educadores e suas práticas as mesmas incertezas, angústias e temores, pois a escola é um espaço que recebe os indivíduos e suas singularidades, tendo que conduzir as relações que ali se estabelecem, sabendo-se que estas podem ou não, serem bem sucedidas na vida escolar do aluno e na vida como um todo.

ISOLÂNIA WIPPEL
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA
ANÁLISE DO FILME: CÉU DE OUTUBRO- APRESENTADO NA DISCIPLINA